21 maio 2011




...
- Sabe, no deserto a gente
se sente um tanto quanto
sozinho.

E o pequeno príncipe responde:
- Entre os homens também!
...

17 maio 2011

Os Quatro Compromissos Toltecas



Existem centenas de compromissos que você firmou consigo mesmo, com as outras pessoas, com seu sonho de vida, com Deus, com a sociedade, com seus pais, cônjuge e filhos. Contudo, os mais importantes são os que você fez consigo mesmo, dizendo quem você é, como se sente, no que acredita e como deve se comportar. O resultado é o que você chama de personalidade. Nesses compromissos você diz: ‘Isso é o que sou. Isso é aquilo em que acredito. Posso fazer certas coisas e outras, não. Essa é a realidade, aquela é a fantasia. Isso é possível, aquilo é impossível’.

Se não gostamos do sonho de nossa vida, precisamos alterar os compromissos que nos regulam. Quando, finalmente, estivermos prontos para mudá-los, quatro compromissos poderosos nos ajudarão a quebrar aqueles que vêm do medo e drenam nossa energia.

A cada vez que se rompe um acordo, o poder usado para criá-lo retorna ao seu dono. Se você adotar esses quatro novos compromissos, eles criarão poder pessoal suficiente para alterar todo o seu antigo sistema de obrigações.

Você precisa de muita força de vontade para adotar os Quatro Compromissos – mas se você conseguir começar a viver sua vida de acordo com eles, a transformação será impressionante. Você verá o inferno desaparecer diante dos seus olhos. Em vez de viver um sonho infernal, estará criando um novo sonho — seu sonho pessoal do céu.

- Don Miguel Ruiz no livro Os quatro Compromissos – Filosofia Tolteca

1º Compromisso: Seja Impecável Com Sua Palavra.

Através da palavra torna-se possível a expressão do poder criativo. A palavra é um instrumento de magia: branca ou negra. Uma faca de dois gumes: pode materializar o mais exuberante dos sonhos ou destruir uma nação. Dependendo de como é usada, ela pode gerar liberdade ou escravidão. Ser impecável é não contrariar sua natureza, é assumir a responsabilidade por seus atos, pensamentos e sentimentos, sem julgamentos ou culpas. Sem peccatu. Ser impecável com a própria palavra é empregar corretamente a sua energia, ou seja, não desperdiçar ou perder energia e poder pessoal. É usar a palavra na direção da verdade e do amor por você. Se você se comprometer a ser impecável com sua palavra, basta essa intenção para que a verdade se manifeste por seu intermédio e limpe todo o veneno emocional que existe em seu interior.

2º Compromisso: Não Leve Nada Para o Lado Pessoal.

Se você leva tudo para o pessoal é porque concorda com o que está sendo dito. Ao concordar todo o veneno passa a fazer parte de você. O que causa seu próprio envenenamento é o que os toltecas chamam de importância pessoal, expressão máxima do egocentrismo. Nada do que os outros fazem é motivado por você, é por causa deles mesmos. Todas as pessoas vivem em seu próprio sonho, nevoeiro ou mente, inclusive você. Se você aceita o lixo emocional do outro, ele passa a ser seu também. Se você se ofender sua reação será defender suas crenças e criar mais conflitos. Então, se você fica brava comigo, sei que está lidando consigo mesma. Sou apenas uma desculpa para você se irritar e fingir que não tem medo. Mas na verdade, sua braveza é uma expressão do seu medo. Sem medo não existe motivo para se irritar, brigar ou me odiar. Sem medo, não há motivo para sentir ansiedade, ciúme inveja.

3º Compromisso: Não Tire Conclusões.

Temos a tendência a tirar conclusões sobre tudo. Interpretar tudo segundo nossa ótica, nossa mente, nossas crenças. É que acreditamos que elas são verdadeiras. Poderíamos jurar que são reais. Tiramos conclusões sobre o que os outros estão fazendo e pensando – levamos para o lado pessoal -, então os culpamos e reagimos enviando veneno emocional com nossa palavra. Por isso, fazemos presunções, estamos pedindo problemas. Tiramos uma conclusão, entendemos de modo errado, levamos para o pessoal e acabamos criando um grande conflito interno, familiar, profissional, mundial, do nada. Como ficamos com medo de pedir esclarecimentos, tiramos conclusões e acreditamos estar certos sobre elas; depois as defendemos e tentamos tornar a outra pessoa errada. Sempre é melhor fazer perguntas do que tirar conclusões, porque as conclusões nos predispõem ao sofrimento. O grande mitote* na mente humana cria um bocado de caos, que faz com que interpretemos mal e tudo errado. Apenas enxergamos o que queremos enxergar e escutamos o que queremos escutar. Temos o hábito de sonhar sem base na realidade. Literalmente, enxergamos e escutamos coisas com nossa embaçada imaginação.

4º Compromisso: Dê Sempre o Melhor de Si.

Na verdade, esse é o compromisso de colocar na prática os outros 3 compromissos. Você nasceu com o direito de ser feliz. Nasceu com o direito de amar, de aproveitar e compartilhar seu amor. Você está vivo. Portanto, tome sua vida e a aproveite. Não resista à vida que está passando através de você, porque é Deus passando através de você. Apenas sua existência prova a existência de Deus. Sua existência prova a existência da vida e da energia.



Referências: Os quatro compromissos – o livro da Filosofia Tolteca – Don Miguel Ruiz – editora Best Seller

http://www.vidaplenaebemestar.com.br/inspirados/os-quatro-compromissos-toltecas




23 março 2011

Eu sei, mas não devia

Eu sei que a gente se acostuma. Mas não devia.


A gente se acostuma a morar em apartamentos de fundos e a não ter outra vista que não as janelas ao redor. E, porque não tem vista, logo se acostuma a não olhar para fora. E, porque não olha para fora, logo se acostuma a não abrir de todo as cortinas. E, porque não abre as cortinas, logo se acostuma a acender mais cedo a luz. E, à medida que se acostuma, esquece o sol, esquece o ar, esquece a amplidão.

A gente se acostuma a acordar de manhã sobressaltado porque está na hora. A tomar o café correndo porque está atrasado. A ler o jornal no ônibus porque não pode perder o tempo da viagem. A comer sanduíche porque não dá para almoçar. A sair do trabalho porque já é noite. A cochilar no ônibus porque está cansado. A deitar cedo e dormir pesado sem ter vivido o dia.

A gente se acostuma a abrir o jornal e a ler sobre a guerra. E, aceitando a guerra, aceita os mortos e que haja números para os mortos. E, aceitando os números, aceita não acreditar nas negociações de paz. E, não acreditando nas negociações de paz, aceita ler todo dia da guerra, dos números, da longa duração.

A gente se acostuma a esperar o dia inteiro e ouvir no telefone: hoje não posso ir. A sorrir para as pessoas sem receber um sorriso de volta. A ser ignorado quando precisava tanto ser visto.

A gente se acostuma a pagar por tudo o que deseja e o de que necessita. E a lutar para ganhar o dinheiro com que pagar. E a ganhar menos do que precisa. E a fazer fila para pagar. E a pagar mais do que as coisas valem. E a saber que cada vez pagar mais. E a procurar mais trabalho, para ganhar mais dinheiro, para ter com que pagar nas filas em que se cobra.

A gente se acostuma a andar na rua e ver cartazes. A abrir as revistas e ver anúncios. A ligar a televisão e assistir a comerciais. A ir ao cinema e engolir publicidade. A ser instigado, conduzido, desnorteado, lançado na infindável catarata dos produtos.

A gente se acostuma à poluição. Às salas fechadas de ar condicionado e cheiro de cigarro. À luz artificial de ligeiro tremor. Ao choque que os olhos levam na luz natural. Às bactérias da água potável. À contaminação da água do mar. À lenta morte dos rios. Se acostuma a não ouvir passarinho, a não ter galo de madrugada, a temer a hidrofobia dos cães, a não colher fruta no pé, a não ter sequer uma planta.

A gente se acostuma a coisas demais, para não sofrer. Em doses pequenas, tentando não perceber, vai afastando uma dor aqui, um ressentimento ali, uma revolta acolá. Se o cinema está cheio, a gente senta na primeira fila e torce um pouco o pescoço. Se a praia está contaminada, a gente molha só os pés e sua no resto do corpo. Se o trabalho está duro, a gente se consola pensando no fim de semana. E se no fim de semana não há muito o que fazer a gente vai dormir cedo e ainda fica satisfeito porque tem sempre sono atrasado.

A gente se acostuma para não se ralar na aspereza, para preservar a pele. Se acostuma para evitar feridas, sangramentos, para esquivar-se de faca e baioneta, para poupar o peito. A gente se acostuma para poupar a vida. Que aos poucos se gasta, e que, gasta de tanto acostumar, se perde de si mesma.

Marina Colasanti


01 novembro 2010

Antagonismo




Em que devemos acreditar?
Big Bang ou Deus?
Deus ou Darwin?
Eduardo e Mônica ou Marvim?
Claridade ou Escuridão?
Silêncio ou Som?
Homem ou Mulher?
Garfo ou Colher?
Se eu tivesse o que comer...


Em que devemos acreditar?
Castidade ou Luxúria?
Beleza ou Feiúra?
Fiel ou Madura?
Salvação ou Perdição?
Agito ou Solidão?
Calar ou Morder?
Chupar ou Beber?
O que eu tenho a perder?...


Em que devemos acreditar?
Santo Antonio ou Exú?
Beija flor ou Urubu?
Yin ou Yang?
Crer na Vida ou na Morte?
No Azar ou na Sorte?
Sou quem dita meu Norte?
Não... eu creio que NÃO...
Sim... eu creio que SIM!...


E crer para que?
PSOL ou PT?
Crer é Tudo...
E Crer é Nada...
Crer que me esvazio, para me encher de nada
Crer que tudo isso não vai dar em lugar nenhum
Ou crer que é apenas o começo de tudo,
De tudo que eu creio que vejo em você.

05 agosto 2010

De Volta!

Estou de volta!!!.... E nada como relembrar velhos e bons textos!!


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O Sol está passando pelo signo de Capricórnio no céu... e nesse momento tão mágico e cósmico, vem ao mundo mais uma capricorniana! O Universo já não é mais o mesmo de alguns segundos atrás... e este mistério é maravilhoso...


O deus do tempo rege esse signo tão enigmático. Na mitologia, Saturno simboliza o próprio tempo que tudo consome, não nos deixando esquecer a responsabilidade que temos com a própria vida. O bode que simboliza o signo é "", filho da união do deus Mercúrio com a ninfa Dríope, significa "tudo", "totalidade", simbolizando a universalidade da natureza. Um deus venerado como força fecundante da natureza. Meio homem, meio animal, é conhecido como umdeus alegre e amante da música.


Dizem dos capricornianos que somos sábios e justos, sabemos lidar com o tempo, com as questões práticas, que somos sensatos e de inteligência objetiva, sinceros, seletivos e racionais. Sim! Isso é verdade.


Mas diante de tantas qualidades e características que provém do Sol em Capricórnio, sentimos também o peso de viver o conflito da experiência da racionalidade, do perfeccionismo, da organização... contra o tempo que cobra a urgência de se viver cada segundo da vida intensamente... Desejo versus razão, vontade versus prudência, angústia versus realização....


E é isso que quero de mim agora! Ser dona do Tempo como Saturno, ser alegre, completa e total como Pã. Deixar de lado a racionalidade que interrompe momentos inesquecíveis, e viver intensamente o amor e a felicidade como quando sentimos um dia nascendo pela manhã.

Quando a borboleta sai do casulo... não há como dobrar as asas e voltar para o mesmo lugar.

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26 abril 2009

Música é a voz dos Anjos!

No matter who you are...
No matter where you go in your life
At some point you’ll go need somebody to stand by you!



13 março 2009

Silêncio

É.... desculpem o silêncio! Faz um tempo que não escrevo, eu sei!!


Mas o silêncio se fez necessário em tempo de tribulações... Preservar-me e ouvir minha voz interior foi essencial para recomeçar meu caminho, com força e determinação.


"Nenhum trompete toca quando são tomadas as decisões importantes de nossa vida. O destino é anunciado silenciosamente."
Agnes De Mille

16 janeiro 2009

O incansável Ser Humano

Por que somos assim tão inquietos? Por que estamos sempre em busca de alguma coisa? Por que é tão difícil aceitar as calmarias que a Vida nos propõe?... O ser humano é assim! Pode reparar.

Nossos ancestrais que viviam inquietos em busca da sobrevivência, da caça, da segurança, da aventura, da subsistência... Do seu sucesso da manhã dependia o alimento da noite.

A incansável busca de "sei lá o quê"! A falta de habilidade de focar no presente e viver somente o presente, o aqui e o agora.

A mente humana em sua vasta atividade febril... que não pára nunca de querer ordenar (ou achar que ordena!) o caos das idéias. Um turbilhão de pensamentos...

Quem é magro quer engordar
Quem é gordo quer emagrecer
Quem é loiro quer ser moreno
Quem é moreno quer ser loiro
Quem é branco quer ser negro
E quem é negro quer ser branco

Aos que tem cabelo liso, crespo!
Aos curtos, compridos!

Quem é casado quer separar
Quem é sozinho quer casar

Aos chatos, bom humor!
Aos alegres demais, bom senso...

Aos arrogantes, humildade!
Aos muito humildes, força e coragem

Aos tímidos, falem!
Aos muitos falantes, calem...

E dentro do Seu silêncio encontrem o que realmente é a causa da sua inquietude, sua incansável busca...

08 janeiro 2009

Sábio Shakespeare

O tempo é muito lento para os que esperam
Muito rápido para os que tem medo
Muito longo para os que lamentam
Muito curto para os que festejam
Mas, para os que amam, o tempo é eterno.

William Shakespeare